domingo, 20 de abril de 2008

Big Band e Loucura Elegante!

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Manhã ensolarada de domingo, véspera de feriado, e a praça Carlos Chagas, ou da Assembléia, em BH, recebeu ares jazzísticos com pitadas de rumba, choro e bossa-nova.
A Big Band do Palácio das Artes apresentou-se aos que lá foram.
Com boa estrutura para os que assistiam e ótima qualidade de som tivemos pouco mais de uma hora de show! Onze diferentes tipos de instrumento e 31 músicos.

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Houve um episódio que foi o grande estímulo para este post. Durante a apresentação surgiu um homem, muito mal vestido e com algumas doses a mais (bastantes...), que, no átrio entre a platéia e o palco, deu seu show. O convidado especial ficou de lá regendo a Big Band com o mesmo entusiasmo do maestro – que visivelmente é muito expressivo!!!

O fato reportou-me a uma cena de filme que sempre gostei. Nem tanto pelo filme, mas pela cena!!! Mr Jones é o personagem de Richard Gere, um paciente psiquiátrico, amante da música, que surta durante a apresentação da Nona Sinfonia de Beethoven. No surto, ele sobe no palco e começa a reger a orquestra!

Um louco bonzinho! De bom gosto!! Pode-se dizer que esta é a maneira de ficar louco com glamour: regendo a Nona!!!! Fato invejável!!!!

Link para a cena de Mr Jones: http://www.youtube.com/watch?v=Td2_f1stpUA

Admoestação

. Escultura na frente do Forum Romano (março de 2007)
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Admoestação Melancólica

Meu caro,
Não devias prezar tanto assim o humano do ser.
Pessoas são rasas
e como tal deves tratá-las.
O interpessoal é ignóbil.
O âmago é desprovido de ornatos.
Não imputes tanta esperança...
Tamanho crédito somente à essência tua
que solitária, introspectiva deveria ser.

Cerques as expectativas.
Decerto serão magnânimas, mas sem objeto.
Não almejes amor ou razão,
virtudes ou beleza.
Anseies por nada.
Renuncies romantismo, pureza.
Invistas apenas na amizade
- Esta tábua de salvação neste mundo torpe.
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Olhos Azuis

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Ai, Jesus! Não vês que gemo,
Que desmaio de paixão
Pelos teus olhos azuis?
Que empalideço, que tremo,
Que me expira o coração?

Ai, Jesus! Que por um olhar, donzela,
Eu poderia morrer
Dos teus olhos pela luz?
Que morte! Que morte bela!
Antes seria viver!

Ai, Jesus! Que por um beijo perdido
Eu de gozo morreria
Em teus níveos seios nus?
Que no oceano dum gemido
Minh'alma se afogaria?

Ai, Jesus!
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Dois "Blue Eyes Links"!!! Da melhor qualidade!!!

sábado, 12 de abril de 2008

Todo Errado - Mea Culpa

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Ontem, durante conversa com o caríssimo amigo, cheguei - ou melhor - recebi de mim mesmo o diagnóstico!




Todo Errado

Caetano Veloso E Jorge Mautner
Eu não peço desculpas
e nem peço perdão
não, não é minha culpa
essa minha obsessão
já não aguento mais
ver o meu coração
como um vermelho balão
rolando e sangrando
chutado pelo chão
Psicótico, neurótico, todo errado
só porque eu quero alguém
que fique vinte e quatro horas do meu lado
no meu coração eternamente colado.




Abaixo está o link
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quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Dono da Nona!

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Criaram a beleza!
Crua, complexa, inimitável.
Plena de perfeição e destreza.
Alguns certamente vão para o céu.
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sábado, 5 de abril de 2008

Bach - Suite 1 em Sol Maior para Cello



Johann Sebastian Bach


As chamadas suítes para solo de cello, de Bach, são consideradas algumas das maiores composições para o instrumento. Sua suite número 1, em sol maior, mais especificamente seu prelúdio, são de uma beleza e expressão únicas. As suítes foram compostas entre 1717 e 1723.

Links para videos do Prelúdio da Suíte em Sol Maior:

http://www.youtube.com/watch?v=S6yuR8efotI

http://www.youtube.com/watch?v=LU_QR_FTt3E&feature=related


quinta-feira, 3 de abril de 2008

Loucura - Uma homenagem...

Quixote e Sancho, de Portinari.


DISQUISIÇÃO NA INSÔNIA
Que é loucura: ser cavaleiro andante
ou segui-lo, como escudeiro?
De nós dois, quem o louco verdadeiro?
O que, acordado, sonha doidamente?
O que, mesmo vendado,
vê o real e segue o sonho
de um doido pelas bruxas embruxado?
Eis-me, talvez, o único maluco,
e me sabendo tal, sem grão de siso,
sou – que doideira – um louco de juízo.


Carlos Drummond de Andrade

Uma homenagem a Catherine, Jules, e Jim.