terça-feira, 12 de julho de 2011

Buñuel, Hobbes, Jesus Cristo, Kant e Hipócrates.

O filme Viridiana, 1961, do Espanhol Luis Buñuel tem por mote a crítica ao cristianismo. No longa-metragem a personagem principal tenta, com autêntica boa-fé, ajudar os pobres e necessitados que, em determinado momento voltam-se contra ela e a ofendem. Um explícito ato de crueldade e ingratidão que faz por desconstruir o próprio caráter de Viridiana. A crítica do diretor enfoca, nesse momento do filme, a inutilidade do altruísmo pontual. É ineficaz tentar ajudar alguns se os valores coletivos padecem pelo descrédito e maldade inata do homem. O Bellum omnium contra omnes, guerra de todos contra todos, descrito por Hobbes em Leviatã, 1651, é explicitado no filme: o homem é mau por natureza.

Acredito que a regra universal para que o ser humano pudesse viver em harmonia foi positivada na resposta dada a um escriba por Jesus Cristo quando classificou este como o segundo e último mandamento (Marcos 12:31): Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se seguíssemos essa regra seria desnecessária e mesmo inexistente qualquer reflexão sobre a essência humana e nossos conflitos. Entretanto, vejo Jesus Cristo como um bem-aventurado idealista utópico e Hobbes como um pragmático observador.

Em visão menos “pura”, mas ainda idealizadora, Kant descreve seu imperativo categórico como o dever que toda pessoa tem de agir conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam; que ela quer que seja uma lei da natureza humana. Agir corretamente pelo simples fato de agir. Talvez esse fosse, no meu ver, o segundo degrau hierárquico na escala de normas para a vida humana harmônica. Entretanto, retornando a Hobbes, a regra mostra-se utópica para o homem em comunidade. Busca-se a vitória, a competição, o êxito e não a correção, a verdade.

Consideradas as visões idealistas-inatingíveis de Jesus Cristo e Kant contra o descritivo pragmatismo de Hobbes, talvez, como mandamento verossímil e factível para atingir o equilíbrio, pudesse o homem comum (nós) usar como lema o mandamento hipocrático descrito 430 anos antes de Cristo quando orientou seus alunos sobre as formas de atuar: Pratique duas coisas ao lidar com as doenças; auxilie ou não prejudique o paciente. O princípio bioético da não maleficência, primum non nocere, presente no Juramento Hipocrático, pode ser a forma ideal do equilíbrio do homem que vive em sociedade, que considera valores próprios e coletivos. O simples fato de não causar dano a ninguém já seria conduta suficiente para viverem todos em sociedade justa. Entretanto, tenho medo de que Hobbes tenha sido visceral, definitivo...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre o Exercício do Poder


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O exercício do poder é a maior desvirtude do homem em sociedade.
Do mais corriqueiro nível até o mais alto escalão.
Qual a necessidade da instituição que nos representa ter um veículo desses?
Por que contribuições anuais tão altas para o CRM?
(Foto tirada dia 28/05/11, 13h, no evento realizado pelo CRM em BH)


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tempo

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Vida/tempo (Viviane Mosé)

Quem tem olhos pra ver o tempo?

Soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele

Soprando sulcos?

O tempo andou riscando meu rosto

Com uma navalha fina.

Sem raiva nem rancor

O tempo riscou meu rosto com calma.

Eu parei de lutar contra o tempo. Ando exercendo instante.

Acho que ganhei presença.

Acho que a vida anda passando a mão em mim. Acho que a vida anda passando.

Acho que a vida anda. Em mim a vida anda. Acho que há vida em mim. A vida em mim anda passando. Acho que a vida anda passando a mão em mim

Por falar em sexo quem anda me comendo

É o tempo. Na verdade faz tempo, mas eu escondia

Porque ele me pegava à força, e por trás.

Um dia resolvi encará-lo de frente e disse: Tempo, se você tem que me comer Que seja com o meu consentimento. E me olhando nos olhos. Acho que ganhei o tempo. De lá pra cá ele tem sido bom comigo. Dizem que ando até remoçando.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Simplicidade e poesia maestra na música brasileira!

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Fotos tiradas em setembro de 2010, Matozinhos.
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"A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas os astros, distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão"

Simplicidade e poesia maestra na música brasileira!

Link para vídeo de Silvio Caldas cantando "Chão de Estrelas": http://bit.ly/dofDy9

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Suspiro

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A Medicina tem poder colossal de resgatar seus agentes.
Talvez esse seja o motivo de ainda ser exercida de forma autêntica. Sua essência é inigualável!
É como um furacão: na periferia confusões e poluição, no centro a calma.
É preciso pensar... O futuro é grave...









sábado, 14 de agosto de 2010

Generosidade e Sabedoria - Mautner e Jacobina


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Violino de Jorge Mautner. Presente de Gilberto Gil.
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No dia sete de agosto de 2010 BH foi brindada com show de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. O evento teve ares de "festa íntima" devido ao zelo do organizador e ao diferenciado comportamento das duzentas pessoas presentes. Mais que a apresentação em si, foi absolutamente gratificante conviver alguns momentos com os artistas.

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Jorge Mautner mostrou mais do que apenas seu lado de compositor-filósofo-cineasta-escritor-pessoa pública-etc. Mostrou-se pessoa generosa e simples que compartilha sua sabedoria e simpatia gratuitamente, sempre com muito entusiasmo aos 69 anos!






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Nelson Jacobina foi o luxuoso fiel escudeiro! Músico virtuoso, sério e absolutamente engajado ao Mautner. A parceria é invejável!







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O Produtor, o Compositor e o motorista

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Assisti a um ótimo show, ganhei um disco dos músicos (que ainda será lançado!), conheci duas pessoas interessantíssimas e tive o privilégio de estar todo o tempo aprendendo!
Tudo isso graças a um grande amigo que, no seu modus operandi, fez com que eu o admirasse ainda mais! Grande, JM!
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Abaixo uma preciosidade! Vídeo da passagem de som com a música Todo Errado.
Perdoem-me o pé e a voz aparecendo... Além da distorção ocorrida pela conversão do video...




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caminho

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Boca-Frouxas, Tiradentes, 2007
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O Caminho

Anunciavam-lhe fausto porvir por estar no caminho certo!

Enganaram-se, o caminho é que nele estava. Sinuoso...

domingo, 11 de julho de 2010

O Poder do Machado



Adélias em prados e campos augustos dobram-se reverentes ao poder do machado. Não há pessoa, rosa ou bandeira que com ele possam.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Outra do Drummond

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Mãos Dadas.

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

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Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

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O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.
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Paciente da Maternidade Odete Valadares, FHEMIG, minutos antes de ser operado
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pagliacci em Propaganda

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Há aproximadamente 15 anos havia assistido a este comercial. Lembro-me perfeitamente do momento. Apesar de tê-lo visto uma única vez, guardei-o bem na memória e procurei-o por um bom tempo na Internet!
Os autores exploraram maravilhosamente a leitura emotiva da audiência. Na ópera, é tão enfática a augústia do protagonista ao descobrir a traição de sua mulher, que o menino, sensibilizado pela dor, leva-lhe o refrigerante como conforto. Em pleno palco!
Uma ideia maravilhosa, de pesoas com sensibilidade e talento! Tudo isso sem mencionar a fotografia e a interpretação do jovem ator!
Merecedor de muitos méritos, o comercial da Coca-Cola foi uma obra de arte durante os intervalos!
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... e como a ópera:

La commedia è finita!

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Adélia Prado

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Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.



Inspirado pela Moça dos Três Desenhos!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Coletânea Ufanista" ou "Quem puxa aos seus não esvaece"...

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Canção do Exílio
Gonçalves Dias
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Não permita Deus que eu morra,
sem que eu volte para lá;
sem que desfrute os primores
que eu não encontro por cá,
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Canto Mineral
Carlos Drummond de Andrade
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Minas orgulhosa
de tanta riqueza,
endividada
de tanta grandeza
no baú delida.
Cada um de nós, rei
na sua fazenda,
...
Minas, oi Minas,
tua estranha sina
delineada
ao bailar dos sinos,
ao bailar dos hinos
de festins políticos,
Minas mineiral
Minas musical
Minas pastorela
Minas Tiradentes
Minas liberal ...
Minas que te quero
Minas que te perco
e torno a ganhar-te ...




Confidência do Itabirano
Carlos Drummond de Andrade
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Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!

Garoto
Vladimir Maiakoviski

Fui agraciado com o amor sem limites.
Mas, quando garoto,
a gente preocupada trabalhava
eu escapava
para as margens do rio Rion
e vagava sem fazer nada.
...
Sem o peso da camisa,
sem o peso das botas,
de costas ou de barriga no chão,
torrava-me ao sol de Kutaís
até sentir pontadas no coração.
O sol se assombrava:
“Daquele tamaninho
com um tal coração!
Vai partir-lhe a espinha!
Será que cabem
nesse tico de gente
rio,
o coração,
eu
e cem quilômetros de montanhas?”


A seguir, "outro" cataguasense dileto: o cineasta Humberto Mauro! O videoclipe é "A Velha a Fiar" (1964). Nele a música é executada pelo Trio Irakitã.
O filme é considerado o primeiro videoclipe brasileiro!

Link para a página de Cataguases no Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cataguases

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sopros e.. Lady Day

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A voz rouca e incomparável da diva do Jazz entremeando roucos sons de dois saxofones tenores, um barítono (que mostra seus sons mais agudos!!!), um pacífico trombone e um trompete - com sons quase hermetianos!!!!
Para celebrar o aniversário da morte de Billie Holiday.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Verbo Beligerante

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Poesia Visual: Rodrigo Ferreira

FALA
(Orides Fontela)

Tudo
será difícil de dizer:
a palavra real
nunca é suave.

Tudo será duro:
luz impiedosa
excessiva vivência
consciência demais do ser.

Tudo será
capaz de ferir. Será
agressivamente real.
Tão real que nos despedaça.

Não há piedade nos signos
e nem o amor: o ser
é excessivamente lúcido
e a palavra é densa e nos fere.

(Toda palavra é crueldade.)
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O Lutador
(Carlos Drummond de Andrade)
Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.

Insisto, solerte.
Busco persuadi-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue
Entretanto, luto.

Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste descampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tortura.

Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.

Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumará.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
outra sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! é o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.

O ciclo do dia
ora se consuma
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Leitura

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Anthony Wilson: 1950-2007
Broadcaster, journalist, founder of Factory Records and the Haçienda



"You should probably read more"...
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Privação do Compositor

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Músicas para um limitado compositor...



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AMOR BARATO
(Francis Hime/Chico Buarque)

Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Modesto
...

Vem cá, meu amor
Aguenta o teu cantador
Me esquenta porque o cobertor
É curto
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CECÍLIA
(Luíz Cláudio Ramos/Chico Buarque)

Quantos artistas
Entoam baladas
Pra suas amadas
Com grandes orquestras
Como os invejo
Como os admiro
Eu, que te vejo
E nem quase respiro.

Quantos poetas
Românticos, prosas
Exaltam suas musas
Com todas as letras
Eu te murmuro
Eu te suspiro
Eu, que soletro
Teu nome no escuro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cru

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Le Baiser - Musée Rodin, Paris
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Fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em homenagem
aos cem anos da morte de Machado de Assis:



"Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis"



Troquem-se os intervalos e a matéria... Machado é sempre atual!!!!!!


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olhar

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"Desconhece-se algo mais terno e assustador
que o olhar de uma mulher apaixonada".
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Pietà. Michelangelo. Basílica de São Pedro, Cidade do Vaticano.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Grito

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O Grito ("Skrik") é uma pintura do noruegues Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina em um momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu status de ícone cultural.
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Olho o futuro
e minhas costas coçam.
Mesmo ultrapassado o muro
As lembranças me alcançam.
...
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A saudade é esquisita:
É defunta, mas ainda anda por aí.
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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quadrilha - Drummond

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Museu Rodin, novembro de 2004 .
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João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Drummond

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Rio da Melhor Qualidade!

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Dois dias e uma noite!
Resultado: seis shows, vários sebos e muitos CD´s!!!!



Godfathers of Groove: Os velhinhos nos divertiram e impressionaram! Com o Leo Gandelman.
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Jonh Scofield Trio. Músicos completíssimos!!!! O velhinho aí, toca um baixo que dá inveja! Foram acompanhados por um trio de metais (trompete, Sax tenor, Sax Barítono).


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SambaJazz Trio no Modern Sound, for free, no almoço do sábado!!! Viva o Rio!
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Chorinho Jazzístico e cantado na tarde de Santa Teresa!


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Orquestra Sinfônica Brasileira! Com Pitadas de Villa-Lobos!


Ainda houve Teresa Cristina na Lapa, vários sebos com bons livros e CD´s pra discoteca de Jazz!

E tudo na melhor companhia!!!

domingo, 18 de maio de 2008

Dez Polegadas - Luto

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Luto
Pelo Fim do Dez Polegadas
Tristeza pelo fim.
Incentivo à distribuição e compartilhamento de Cultura e Conhecimento!!!!
Pelo altruísmo Cultural!!!!!
Grande abraço, JM!

domingo, 20 de abril de 2008

Big Band e Loucura Elegante!

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Manhã ensolarada de domingo, véspera de feriado, e a praça Carlos Chagas, ou da Assembléia, em BH, recebeu ares jazzísticos com pitadas de rumba, choro e bossa-nova.
A Big Band do Palácio das Artes apresentou-se aos que lá foram.
Com boa estrutura para os que assistiam e ótima qualidade de som tivemos pouco mais de uma hora de show! Onze diferentes tipos de instrumento e 31 músicos.

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Houve um episódio que foi o grande estímulo para este post. Durante a apresentação surgiu um homem, muito mal vestido e com algumas doses a mais (bastantes...), que, no átrio entre a platéia e o palco, deu seu show. O convidado especial ficou de lá regendo a Big Band com o mesmo entusiasmo do maestro – que visivelmente é muito expressivo!!!

O fato reportou-me a uma cena de filme que sempre gostei. Nem tanto pelo filme, mas pela cena!!! Mr Jones é o personagem de Richard Gere, um paciente psiquiátrico, amante da música, que surta durante a apresentação da Nona Sinfonia de Beethoven. No surto, ele sobe no palco e começa a reger a orquestra!

Um louco bonzinho! De bom gosto!! Pode-se dizer que esta é a maneira de ficar louco com glamour: regendo a Nona!!!! Fato invejável!!!!

Link para a cena de Mr Jones: http://www.youtube.com/watch?v=Td2_f1stpUA

Admoestação

. Escultura na frente do Forum Romano (março de 2007)
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Admoestação Melancólica

Meu caro,
Não devias prezar tanto assim o humano do ser.
Pessoas são rasas
e como tal deves tratá-las.
O interpessoal é ignóbil.
O âmago é desprovido de ornatos.
Não imputes tanta esperança...
Tamanho crédito somente à essência tua
que solitária, introspectiva deveria ser.

Cerques as expectativas.
Decerto serão magnânimas, mas sem objeto.
Não almejes amor ou razão,
virtudes ou beleza.
Anseies por nada.
Renuncies romantismo, pureza.
Invistas apenas na amizade
- Esta tábua de salvação neste mundo torpe.
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Olhos Azuis

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Ai, Jesus! Não vês que gemo,
Que desmaio de paixão
Pelos teus olhos azuis?
Que empalideço, que tremo,
Que me expira o coração?

Ai, Jesus! Que por um olhar, donzela,
Eu poderia morrer
Dos teus olhos pela luz?
Que morte! Que morte bela!
Antes seria viver!

Ai, Jesus! Que por um beijo perdido
Eu de gozo morreria
Em teus níveos seios nus?
Que no oceano dum gemido
Minh'alma se afogaria?

Ai, Jesus!
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Dois "Blue Eyes Links"!!! Da melhor qualidade!!!

sábado, 12 de abril de 2008

Todo Errado - Mea Culpa

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Ontem, durante conversa com o caríssimo amigo, cheguei - ou melhor - recebi de mim mesmo o diagnóstico!




Todo Errado

Caetano Veloso E Jorge Mautner
Eu não peço desculpas
e nem peço perdão
não, não é minha culpa
essa minha obsessão
já não aguento mais
ver o meu coração
como um vermelho balão
rolando e sangrando
chutado pelo chão
Psicótico, neurótico, todo errado
só porque eu quero alguém
que fique vinte e quatro horas do meu lado
no meu coração eternamente colado.




Abaixo está o link
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quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Dono da Nona!

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Criaram a beleza!
Crua, complexa, inimitável.
Plena de perfeição e destreza.
Alguns certamente vão para o céu.
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sábado, 5 de abril de 2008

Bach - Suite 1 em Sol Maior para Cello



Johann Sebastian Bach


As chamadas suítes para solo de cello, de Bach, são consideradas algumas das maiores composições para o instrumento. Sua suite número 1, em sol maior, mais especificamente seu prelúdio, são de uma beleza e expressão únicas. As suítes foram compostas entre 1717 e 1723.

Links para videos do Prelúdio da Suíte em Sol Maior:

http://www.youtube.com/watch?v=S6yuR8efotI

http://www.youtube.com/watch?v=LU_QR_FTt3E&feature=related